Talvez o fato mais belo em relação ao Tempo é que ele existe. Eu sei, eu sei, e como consequência, nós existimos. Os irmãos siameses Contínuo Espaço-Tempo já pediram desculpa por essa cagada, mas pensem no lado positivo: pensem na Scarlett Johansson. (as garotas podem pensar em mim, por outro lado). (Se quiserem, claro).
A questão é: por mais que , o Tempo não vai nos dar uma chance. Não podemos voltar atrás pra jogar a velhinha do trem, apertar fast-forward nas ressacas homéricas ou usar o quadro-a-quadro nas tardes românticas na Prainha. E, pra piorar, a civilização deu a luz à Responsabilidade, que ao mesmo tempo em que organiza e estrutura o castelo de cartas da nossa sociedade, nos espreme entre intervalos de almoço e horas-extra. O tempo que nos satisfaz é o tempo livre, mas a menos que seja um mendigo ou o Tarzan, obviamente, você não dispõe dele com tanta frequência quanto gostaria.
Se fosse gente, seria confundido com um garotinho autista auto-suficiente: "Rá! Aquele garotinho autista auto-suficiente? Ele não pode brincar com a gente agora... Está ocupado demais causando toda a existência".
Culpem o mordomo, xinguem a mãe, blasfeme pra Deus, reclame da política externa do governo, atire no xerife, chute o computador, quebrem o pacto de Genebra, DESLIGUE A TV, mas deixem o coitado do Tempo em paz.
Se corrermos, tropeçamos e caímos de cara no chão de um jeito que apenas as mais armadas videocassetadas poderiam mostar. Se esperarmos para que alguma coisa aconteça, acabamos sozinhos, sentados na frente da TV, expostos ao Gugu, ao BALÂÂÂNÇAA!!1!, à Tecpix-preço-de-um-cafezinho e quaisquer outras mazelas que a caxinha do demônho propagar. Mas que o ser humano vai aprender, ah... Ele vai. Afinal, temos t-o-d-o o Tempo do mundo pra isso.
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