Monotonia
Uma puta e um corno forte
Minh’alma não é do norte
Não cresci jogando a sorte
Cala boca e agüenta o corte
(Monotonia...)
A mulher queria falar
Mas não pôde coisa alguma explicar
O maridão tentou matar
A puta alegre que começou a dar
(Monotonia...)
O padre rezou uma missa
O cara enfiou a piça
No caixão de madeira maciça
Onde estaria a roliça
(Monotonia...)
Ninguém mais entendeu
A puta não se vendeu
O defunto em que se meteu
Era o fortão que se rendeu
(Monotonia...)
Um corte levou no braço
O amante que num talagaço
Partiu o corno em pedaços
E criou todo estardalhaço
(Monotonia...)
Mas eu matei a poesia
Com esses versos de rima vazia
Transformaram-se numa heresia
Mas acabam sendo monótonos
Minh’alma não é do norte
Não cresci jogando a sorte
Cala boca e agüenta o corte
(Monotonia...)
A mulher queria falar
Mas não pôde coisa alguma explicar
O maridão tentou matar
A puta alegre que começou a dar
(Monotonia...)
O padre rezou uma missa
O cara enfiou a piça
No caixão de madeira maciça
Onde estaria a roliça
(Monotonia...)
Ninguém mais entendeu
A puta não se vendeu
O defunto em que se meteu
Era o fortão que se rendeu
(Monotonia...)
Um corte levou no braço
O amante que num talagaço
Partiu o corno em pedaços
E criou todo estardalhaço
(Monotonia...)
Mas eu matei a poesia
Com esses versos de rima vazia
Transformaram-se numa heresia
Mas acabam sendo monótonos
Glauco da Rocha
26/01/2010