Bêbados, psicanalistas, sexo e noites insones; Ovos mexidos, diálogos pós-morte e pessoas que têm merda na cabeça; Animais da fazenda, Afrodescendentes cheios de lascívia e pescarias. É isso que você encontra por aqui.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009 - Não seja lascivo Johnny


- Não seja lascivo Johnny...
- Porque lascivo? O que é lascivo?
- Err... não sei bem ao certo o que é isso, só achei que ia ficar bonito na frase.

(...)
- Mas como eu te dizia (uma pausa caótica cai sobre a conversa, pessoas tensas procurando o que falar) Iaí, tem visto a velha turma?
- Que velha turma? A do bairro?
- É, esses mesmo. Rogério, o Porquinho, o Pancho...
- Hum. Vi sim.
- E...? O que me conta de novo?
- As pessoas mudam bastante, isso eu tenho certeza.
- Tá mas o que mudou. Toda a velha turma tá casada né? Esses dias eu encontrei o Pancho no cinema, tava com um amigo, tava estranho sabe. Não entendi muito a dele.
- Pois é. Ele tava casado.
- Aham, eu fiquei sabendo. Casou com a Claudia, que tinha aquele super apê na Independência, ô galo velho! Aquele se deu bem.
- É, mas não deu muito certo. A mulher dele pegou ele no flagra num motel no centro.
- Putz grila! Mas também o Pancho nunca foi flor de cheirar com pouca venta... Quem era a outra?
- Não havia outra.
- Como assim?
- Sabe o amigo que tava com ele no cinema? Eles não são apenas amigos...
- Não creio nisso! Quer dizer que... os dois...
- Isso mesmo. Brincam de esconder o salame.
- Onde esse mundo vai parar?
- Eu que o diga... Isso é mesmo necessário?
- Eu estou tentando facilitar as coisas. Fica mais fácil pra fazer meu trabalho, sabe.
- Sei, entendo.
(...)
- E o que tu me diz desse governo ai? Uma roubalheira, não?
- Defina roubalheira pra mim, porque tu tá com uma faca na mão sabe, apontando pra mim, se tu não ta me roubando o que tu estaria fazendo? Tentando passar manteiga na minha cara talvez?
- Ah não vamos tornar isso pessoal Johnny Boy. É só o que eu faço da vida. Espero que tu entenda sabe.
- Ah claro! Entendo perfeitamente o meu amigo de infância celebrando os velhos tempos, com um assalto na frente da minha casa. O que você espera, que eu te convide pra entrar pra tomar um chá com biscoitos?
- Não seria má idéia sabe (sic).
- Eu estava sendo irônico! Argh.
- Não seja lascivo de novo Johnny. Se você não tivesse me reconhecido eu teria só pego a tua carteira e caído fora. Agora tu aprendeu a lição.
- Qual lição? Suspeitar de gente usando toca ninja numa noite de verão?
- Não. Nada de momentos nostálgicos, é sempre uma tragédia. Mas é uma pena que eu não te assaltei ali no bar da esquina,aí nóis podia tomar um chopps.
- Prefiro me arriscar e comer um pastel na rodoviária a ter a tua companhia de novo.
(...)
- Não vejo como nos despedirmos então eu vou fazer o procedimento praxe com meus clientes...
- Tu quer dizer vitimas, né?
- Calado. Err... vira aí e conta até dez. Se tu me seguir eu te... hum... eu te faço alguma coisa com essa faca!
- Tipo esfaquear?
- É, isso serve.
- Interessante.
- O que é interessante? Eu te esfaquear? Eu, particularmente não gostaria de fazer isso porque...
- Não, não é nada disso.
- Então qual é o problema?
- Eu vou falar com a tua mãe. Sobre isso tudo.
- Epa! Como assim? Tu tá trapaceando. Tu nunca faria isso.
- Ah faria sim. Já fiz antes. Aquela vez com a história de fazer bolheadeiras e tocar nos fios de alta tensão. Fui eu que contei pra tua mãe. Euzito.
- Eu sabia! Seu filho da puta! Sempre soube o quão baixo tu era.
- Sim, sou vil, a ponto de hoje tá assaltando as pessoas na rua... Não, perai, esse é tu. Me esqueci.
- Rá! Sempre gracioso, fazendo piadas para relaxar. Ah como somos bobos não é verdade? Vamos esquecer tudo isso, ok? Eu prometo não assaltar mais você...
- Isso foi exatamente o que o advogado falou na ultima vez...
- ...Vamos voltar aquela velha “tchurma”...
- Você poderia ao menos devolver os meus documentos né. Vai ser uma baita mão tirar uma 2ª via de tudo de novo.
- ...Combinar uma churrascada! Isso! Sim Sim! Um churrasco! – Eu sou realmente um gênio, rá.
- Ta ok. Mas primeiro você poderia me emprestar uma grana. Eu fui assaltado por um amigo de longa data, sabe?
- Haha, você acha que sou tolo? Não seja lascivo meu velho Johnny.
 
 
 

sábado, 12 de setembro de 2009 Química dos da Bronha

Sim... eu voltei a escrever algo, como o último texto, digamos, não foi do meu agrado, espero agora agrada-los com um belo poema, que virou moda nos ultimos post's.

Química dos da Bronha

Assim jás, aqui Bergman dizia
"Sem dinheiro, não Metil Amina",
Mas para azia, digamos, que eu curto
Um pouco de Anfetamina.

Para os pobres tenho a solução,
Sem-se a revista estão,
Basta correr para os Aldeídos
HCHO - Metanal e seus sonhos serão construídos.

Metanamina foi a sugestão,
Não disseram qual era a preferencia
Metanoato da metíl(d)a,
E acabo com a "divergência".

Saio comemorando,
Trimeti(l)-amina,
Façam como eu já dizia
Metano-sul(fornico)
E a aula de química como todos dizem,
Fica uma baita de uma put..ia.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009 De todas as coisas que eu perdi e sinto mais falta, uma delas é minha mente

Sou um ser mundano, sou devasso
Criado na Forja do Homem
Feito num elo de pecado e aço.

Eu te quero toda, do meu âmago
Mas se não posso te ter é uma pena
Quisera os deuses, somente um afago
Fumo um cigarro, tomo um copo de trago, e assim faço esse poema.

E assim passam os meus dias, todos iguais.
Sei que um gole não prenche os espaços
Muito menos, sei quantos serão os maços
Mas sei também que o coração que bate não é de aço
E que tudo que tu me pedires, sem exitar, eu faço.



Toda minha vida, triste e vazia
Escolher entre você e a bebida
Penso logo nela, aquela vadia
As duas me trazem igual alegria.

No momento da sua despedida
Vou tomar apenas uma batida,
Não será amanha, será agora
Pra não lembrar que tu foste embora
E junto levaste o meu coração.

Longe dos olhos, meu coração não chora
Quanto maior a distância menos a sofrer
Sofrendo a toda noite, a toda hora
Me afogar em lagrimas num copo a beber.

domingo, 6 de setembro de 2009 O real significado das palavras

Vai aqui uma lista das palavras, expressões e demais conjuntos de idéias que estão muito na moda, todo mundo usa, mas ninguém sabe realmente oque significa aquela “coisa maneira” que o seu amigo metido a besta fica falando.




Cult – expressão do inglês que quer dizer velho, demorado e entediante.
O que muita gente nem imagina é que a palavra, na língua chinesa, é um sinônimo de sanduíche de nata de leite de Iaque com mel. É por isso que ninguém na China aceita ser chamado de Cult.

Blasé – do francês quer dizer: eu adoro isso, mas não dou o meu braço a torcer porque me acho superior e quero demonstrar isso.
Há ainda aquelas pessoas que dizem que adoram o que é blasé, mas esses são os que, de fato, não curtem mesmo.

Proto – prefixo que do grego dá uma ideia de primeiro, recém.
Exemplo: - Ei garota, eu tenho um proto-bilau.
Não faço ideia da onde o Caio tirou essa.

Poser – expressão do inglês. Significa que alguma coisa ou pessoa se mostra em excesso sem um motivo aparente. Uma necessidade em aparecer, ou “posar”.
Outras apenas criam blogs e criticam o estilo dos outros.

Pseudo – prefixo grego para algo ínfimo, que não chega a ser algo concreto. Que tem a intenção de ser, mas não o é.
Exemplo: - Saca só essa banda, cara. Eles tocam um electro-new-rave-shit-rock! É do caralho!
Se quiser xingar alguém, diga-lhe que ele possui um Pseudo+(genitália).

Démodé - do francês: Fora de moda. Mas que daqui a uma semana todo mundo vai voltar a gostar.
Como os tênis Nike de cano longo, os discos de Vinil e o seriado "Um Maluco No Pedaço".

Hype - gíria inglesa da palavra hyperbole. Significa: Excessiva publicidade em torno de uma ideia, pessoa ou produto. Aquela coisa que passa uma vez na TV e fica martelando dias e dias na porra da sua cabeça.
A Tec Pix, filmes baseados em livros de romance adolescente, Sarney, Globo x Universal (a Igreja, não a produtora), o Twitter da Nair Bello e qualquer outra coisa que geralmente se usa para iniciar uma conversa com quem você não conhece.

Déjà vu - é uma expressão francesa. Usado em qualquer momento de pane do cerebral.
Na verdade, as pessoas que dizem isso só querem uma maneira mais branda de dizer: "Eu estive aqui semana passada, mas estava muito bêbado pra lembrar exatamente o que fiz."

Mainstream – palavra inglesa. Denota algo que está em foco nos dias atuais e é produto de consumo pelas grandes massas. Gente Indie não faz nada que seja Mainstream, isso às claras.
E outra coisa: Sílvio Santos É Mainstream. Não importa o que diga o Roque.

Vintage – vem do inglês. Significa algo que se encaixe nos padrões de comportamento da época da sua querida vovó, velho pra caralho (ex. anos 50) ou apenas que sua queridinha mamãe usou na sua juventude em meio a toda aquela erva da boa (anos 70).
Obs.: Nos 60’s eram só hippies, que usavam colares de contas e não deixaram nenhum traço marcante na nossa cultura, afinal das contas, tudo que eles faziam era fumar um e ficar “à vontade”.
Outra coisa: esta expressão já está Cult. Experimente chamar um "Underground" de "Vintage" e você será taxado "Démodézinho de merda".

Flamboyant - do francês, é uma espécie arbórea e também algo muito espalhafatoso. Significa "hey, olhe para mim mona! eu estou aqui benhê, ui!

Underground - O pessoalzinho de estilo mais tímido, mas nem por isso menos incisivo. O tipo que quando estavam na escola, eram rebeldes e achavam todo mundo idiota, e seu maior sonho era encontrar alguém que julgasse estar à altura das suas idéias, para juntos poderem discutir coisas como: "o fim de boas bandas que não se venderam", ou: "programas de tevê revolucionários que não vingaram". E, é claro, para que um concorde quando o outro disser: "Nossa, todo mundo aqui é idiota. Eles não sabem o que é música/filme/literatura de verdade". E depois se explicam e se justificam.
Ou aquelas bandas de nomes estranhos que insistem em não fazer sucesso por quererem tocar apenas para o público que acham que as entende. O negócio é que no final ninguém se entende e essas pessoas vão ser esquecidas, suas memórias varridas da história e as futuras gerações se perguntarão: "O vovô era o idiota ou as outras 6 bilhões e meio de pessoas que não concordavam com ele é que eram?"

Indie - O estilo musical moderno das pessoas que não se acostumaram com a fama. Ou que nunca vivenciaram ela. Aquele que faz você ter que chegar aos confins da internet, procurando por músicas de bandas das quais nenhum dos seus conhecidos jamais ouviu falar, por que eles insistem em não assinar nenhum contrato com gravadoras. São uma variação de músicos underground, só que mais alegres. Alguns vão me xingar por essa. Ou pelo menos aqueles que lêem o que se escreve por aqui. É, vocês dois.

Vegan – Do inglês significa: gente chata que não têm hábitos alimentares vegetarianos por suporem que os animais têm sentimentos e assim não devem ser devorados.
Nada a ver com o Vega, o vilão mais estiloso do Street Fighter.

terça-feira, 1 de setembro de 2009 Vergonha

- Querida, eu vou tomar um banho.
- O sabão não vai lavar a vergonha.
- Hã, Como? Eu não... ah!
- Isso mesmo. Eu sei o que você tem feito, Edgar. Sei tudinho.
- Como assim você sabe? Para começar, o que eu tenho feito? - Afinal das contas nem sei do que estou sendo acusado!
- Ah, Por favor né! Não se faça de desentendido! Já não lhe basta me enganar durante todos estes anos? Já não lhe satisfaz isso?
- Você está ficando louca, é, só pode ser isso. Pronto, era só isso que me faltava. Você ficand...
- Não me chame de louca não. Louca é a senhora sua mãe.
- ...Você ainda não me disse qual o motivo do escarcéu, queridinha...
- Pois muito bem. Eu quero saber, qual é o motivo, de quem é aquelas marcas de batom no seu terno. Explique-se. Quem é a sirigaita que andou te deixando marca?
- Foi você.
- Vai a merda. Você acha que eu to brincando? Tu acha que eu sou palhaça, é isso? Fale logo seu besta, antes que eu parta a sua cara.
- Não estou brincando. Foi você mesma. Pense bem, a ultima vez em que eu usei aquele terno foi no aniversario de casamento da sua prima Silvinha. Depois nós voltamos e demos uma brincadinha, se lembra? Além disso, eu detesto usar aquele terno, ele fica me pinicando, dá coceira. Detesto.
- Uhum. Sei bem.
- Agora que já está tudo esclarecido, posso ir tomar meu banho, hein?
- É pode sim. Eu vou dormir, amanhã tenho que acordar cedo. Vou no cirurgião plástico, estava pensando, preciso tirar essa linhas de expressão do rosto...
- ...Cirurgia não vai remover as marcas.
- O que você disse!? Repita se você é homem suficiente.
- Você ouviu na primeira vez.
- Canalha!
- Velha!