Bêbados, psicanalistas, sexo e noites insones; Ovos mexidos, diálogos pós-morte e pessoas que têm merda na cabeça; Animais da fazenda, Afrodescendentes cheios de lascívia e pescarias. É isso que você encontra por aqui.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007 "Desculpe, mas aqui não é a Paraíba."

Óculos de Sol, filtro solar, bunda branca, caneta e jornal numa mão, Havaianas na outra. Um pé só, é claro. Você manda seu primo devolver o chinelo, ele te manda tão rápido que seu nariz vira uma paçoca. Ah, o verão!

Crianças, biquínis e quarentões de sunga nos esperam de braços abertos e sovacos suados na beira da praia, onde nossos milhos e pastéis são sempre mais gordurosos.
É claro que sei que não estamos na estação da emoção, mas a nostalgia me sufoca como quando Yuri se esvai em gases. É... É tão duro quanto parece.

O verão é algo emocionante, mas de uma maneira geral, é tão selvagem que os mais fracos geralmente hibernam ou entram em depressão regada à sessão da tarde e sorvete.

Acho que a coisa que mais me interessa no verão são os Hits "musicais". O verão é a época dos batidões, do galerão, da pagodêra, do duplo sentido e de outras coisas que me dão medo.
Acho que mais do que a cerveja e os capeta de quiosques, a mistura de sons é o que deixa a maioria dos jovens malucos. São tantos piririm piririm e tchum-tchum-tchãs que acaba nos fundindo o cérebro. Dançam tão rápido que requebram uma clavícula, requebram uma perna, requebram a decoração de porcelana.
E isso sem falar dos dançarinos de vitrine! Quão habilidosos são! Me surpreendo com a maneira com que eles não tonteiam.
Geralmente os mais bombados têm os movimentos das pernas e dos braços prejudicados. Seu corpo sempre está alinhado, seus punhos cerrados, os pés imóveis... São como serpentes acasalando, numa luta desesperada pelo extase, girando apenas o pescoço de um lado ao outro sem parar. Mas de uma maneira bem mais lenta e disforme, claro. Dependendo do ritmo, como Psy ou House, ou até mesmo uma funkeira desgraçada, pode ser que os ombros acompanhem a música.

Também observo a maneira com que os garotões e minas tentam se expor na praia, como um pavão faz com suas plumas longas psicodélicas. Só que ao invés de plumas grandes, parece que a sunga deve ser cada vez menor e mais colada. O mesmo com as garotas, sem deixar
espaço pra imaginação. É o que se pode chamar de ócio sexual mentalmente.

E as crianças? O que dizer das crianças?! Pulando de um lado pro outro, gritando, chorando, correndo e chutando água no irmãozinho menor. As tias que apertam bochechas são geralmente as mais castigadas, mas acham sempre tudo uma gracinha: "Olha, Sérjo!(nome fictício) Ele baixou as calças do pai no meio da praia! Como ele corre ligeiro, né? Tira uma foto, vamos botar no álbum!".
A sua maior alegria é receber atenção de alguém. Nem que seja do tio que vende refri nas cabaninhas da praia. São pequenos chimpanzés rebeldes que não cansam até ganhar um copo do mesmo tamanho do copo do primo chato.

Ah... Eu me mijo de rir!

2 comentários:

Pedro Lopez disse...

Bah... esse é o verão... "que maravilha Albertoooo"
hahaha
Muito bom o post!

Anônimo disse...

'Olha, Sérjo!'Adoreiii esse Post..
suahsuhas

Verão é beem isso mesmoo..
mtoo massaa!
Paulinhoo tah se puxandoo hein?
hehehe

beeijoo